Como? Tendo conhecido e assumido o Pensamento Sistêmico Novo-Paradigmático, profissionais costumam perguntar-se: Como? Como atuar de forma consistente com essa nova visão de mundo, com minhas novas premissas? Como lidar com as demandas que recebo, viabilizando o encaminhamento de solução para situações-problema em variados contextos: empresas, instituições educacionais, de saúde e de assistência social, Judiciário, condomínios? Esses profissionais vêm percebendo que, em um mundo de mudanças fortemente aceleradas, nossas formas tradicionais de pensar e atuar não têm se mostrado adaptadas às novas exigências de sistemas complexos, que requerem maior participação de todos para a construção de soluções que se sustentem. Tem-se identificado a necessidade de profissionais capacitados em práticas sistêmicas, que viabilizem não só a articulação e integração entre as diversas ações possíveis, como também o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo dos sistemas abordados. Evidências trazidas pelos desenvolvimentos ocorridos nos laboratórios de diversas ciências, desde a segunda metade do século XX, convidam-nos a rever as premissas que embasam nossa forma de estar e atuar no mundo. Aceitando esse convite, os profissionais vislumbram a necessidade de mudar suas práticas. Este livro apresenta uma metodologia para práticas sistêmicas inovadoras, consistentes com os pressupostos da epistemologia sistêmica novo-paradigmática e fundamentadas em princípios teóricos também sistêmicos novo-paradigmáticos. Essa metodologia tem se evidenciado efetiva para a construção conjunta de solução de situação-problema, promovendo conversações, em contexto colaborativo, de autonomia, onde quer que os próprios envolvidos estejam distinguindo uma situação que não está como gostariam que estivesse, desejando sua mudança. Favorecendo a emergência de uma estrutura horizontalizada no sistema linguístico que se constitui em torno da situação-problema, o profissional sistêmico novo-paradigmático coordenará as conversações de modo que os próprios participantes disponibilizem seus recursos e, na conversação, se viabilize a construção conjunta de possíveis soluções para a situação por eles mesmos definida como problemática. O envolvimento de todos os interessados na solução daquela situação propicia senso de autoria e possibilita que as soluções coconstruídas se mantenham.